quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pies para qué los quiero se tengo alas para volar


Frida Kahlo é a minha primeira referência quando penso na minha transição de cinema comercial para o circuito alternativo. Graças ao Wilker, um professor muita onda que tive quando morei em Belém. Como se não bastasse, me apresentou também Amelie Poulain. Gente phyna né?

Foi amor a primeira vista. Fiquei fascinada na forma como os filmes são feitos, na falta de sequência óbvia-comum dos pensamentos, na atemporalidade (ahãm, seeeenta cláudia). Me apaixonei tanto que imediatamente comprei um óculos de aro grosso e escuro, afinal, não basta ser inteligente, you must look like one!

Ai fui indo, indo, e quando dei por mim - Gael Garcia Bernal. Foi demais. Diários de Motocicleta foi onde tudo começou. E um dos que mais me marcou foi The Science of Sleep. Nesse último, estava em um cinema super-mega-cult, em Hamburg/Alemanha, morta de vontade de fazer xixi. Segurei tanto a vontade de ir no banheiro que quando ela voltou, veio a cãimbra. Não conseguia mais levantar porque a perna tava formigando. Comecei a pensar nas minhas alternativas que na ocasião se resumiam em mijar nas calçar ou fazer xixi no copo descartável = mijar nas calças. Foi um momento de reflexão profunda e, agonizando, pensei que não podia molhar assim a moral brasileira no exterior. Tanto adjetivo ruim já acompanha a gente lá fora e pensei que adicionar "mijão" seria demais. Respirei fundo, desabotoei a calça e rezei para qualquer santo alemão que estivesse na área de cobertura me dar suporte. E deu. 

Tá vendo? Meus textos, assim como os filmes que eu gosto, são diferentes. E nem todo mundo gosta. Ou entende. Problema de quem não gosta e pena de quem não entende. Leia Caras. Mas vou logo avisando - Alicinha Albuquerque Figueiroa pode até não ter bigode. Mas também não tem cérebro. Ficadica!

2 comentários: