segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Branco no branco

Cresci ouvindo que pano de chão jamais poderia estar encardido. Nem sutiãs. Nem as situações da vida. Só que minha mãe esqueceu de me avisar que nem em todas as casas, as preocupações são as mesmas. Muito menos, os estoques de Vanish.

- Agora + eficaz em "banho de água fria"! - 

Para mim, assim como os textos, as situações da vida - DA MINHA VIDA - também precisam de um começo, meio e fim. Ok, em alguns casos, só o começo e o fim bastam. E admito - já me utilizei dos recursos da atemporalidade tanto para escrever como para resolver situações. Mas nunca, em momento algum, fechei os olhos diante de um pano de chão ou de um sutiã encardidos.

Vanish for life. Jogo limpo. Palavras claras. Água sanitária, diabo verde, sapólio e até soda cáustica, se necessário. Mas mentira, não. Sorriso amarelo, nem pensar. E indiferença, ah... essa é pior do que que alça preta.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Por um 2011 Dramaless

Desde o ano passado (poisé sou clichê) tenho pensado em escrever um post retrospectiva-olhando-para-o-futuro. Mas, como todas as promessas que a gente faz nos finais de ano, não consegui cumprir. O ano acabou, não fiz lista de nada, não pulei 7 ondas (nem banzeiro), não comi uvas e, o mais perto de Iemanjá que cheguei foi no chuveiro do banheiro.

A única decisão que tomei e, estou levando a risca desde as 0h de 2011, é de tocar a minha vida sem drama. E, para quem realmente me conhece, entende que essa será uma decisão, no mínimo, desafiadora, tendo em vista que meu sobrenome é DramaQueen.

- Maria la de Barrio yo soy! -

Os últimos meses de 2010 foram dignos da Televisa. Mudei de emprego, mudei de casa, mudei de seguradora, mudei o esmalte das unhas dos pés e, por último, mudei a cor do cabelo. Foram noites mal dormidas, unhas roídas e milhares de caixas de chocolates comidas (Victor & Léo style). Gastrite, olheiras, bate boca, quebra de contrato e de coração. Fênix ressurgiu das cinzas, mas nem todos os fantasmas foram caçados. Abertura de filiais e, possível exploração a mercados ainda em desenvolvimento (rá!). Bateria de carro que acabou inesperadamente - da mesma forma que paixões começaram. E fome passa - só que às vezes se faz necessário provar a sobremesa mais uma vez, para definitivamente saber se agrada ou não.
 
No meu 2011, pouco drama e ousadia andarão de mãos dadas. Será um manga com leite way of life. E tenho dito!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Can anybody tell me what's going on?

3 meses se passaram desde que escrevi aqui pela última vez. E em 3 meses MUITA coisa mudou. MUITA. Mas espere, não é só isso. Se você continuar sendo Talita pelos próximos 2 meses, você também levará inteiramente GRÁTIS a mudança da sua família para outro estado, alojamento temporário na casa de amigos e milhares de incertezas sobre o seu futuro profissional.

                              - Olá decisões, meu nome é desespero! -

Tá bom, nem eu nem minha vida somos assim, um exemplo do convencional. Inclusive, nem sei se gostaria de ser. Mas acho digno ter um tempo para adaptação. Uma decisão por vez, por favor

Por hora, a previsão do tempo é dúvidas e indecisões. Insônia e Dor de estômago podem aparecer, devido a ansiedade que vem do Norte. E a margem de erro é de 2 pontos. Para mais ou para menos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Nem no jogo. Nem no amor.

Não cresci pensando que era azarada - constatei isso ao longo dos anos.

Quando ainda corria serelepe pelos campos, ops, matos da antiga Manaus, era considerada uma criança de sorte. Ganhava em sorteios, bingos e afins. Fui rainha de festa junina. Vendi todas as rifas para ajudar os peixes-bois (ou peixes-boi? ficadúvida!) do INPA. Achei o ovo dourado na Busca do Ovo Dourado lá no SESC (depois da minha mãe quase ter um troço quando sumi nos matos atrás do maldito ovo) - haha, essa foi engraçada - quando voltei da busca, horas depois, parecendo a filha do Indiana Jones, minha mãe estava chorando e rouca, de tanto anunciar meu nome no microfone do evento. Claro que tomei uns tapas "pra deixar de ser besta e aprender a não deixar mãe desesperada". É mãe, se fosse hoje, olha você LINDA vendo o sol nascer quadrado. Aliás, se minha mãe fosse cumprir pena por cada tapa que já me deu, era prisão perpétua na certa. É gentem, apanhei para-cacete. Mas isso é papo para outra postagem. 

Fui ficando velha e a sorte, assim como otras cositas más, foi se desgastando. Aparecia em situações muito especiais, quase imperceptíveis. Até que hoje, constatei que ela não me abandonou at all.

Pela terceira vez seguida, vou no PAC para resolver rolos do DETRAN e quem eu encontro lá?! Sim, ela, a sorte. Sempre travestida, sempre querendo me pregar uma peça. Mas aprendi - na multidão, o lema é socializar. Principalmente quando você depende da boa-vontade alheia e da bondade do seu chefe, que te liberou 1 hora e você já está devendo 21h.

Senha 400. Olho em volta. PÉN - 316. Olho em volta. Nada - nem sinal dela. Armada com a minha cara de simpática n. 12, olho e procuro um lugar vago. Sento, sim encostar a mão na cadeira porque afinal, esqueci o alcool em gel - sim, tenho TOC. Apartir daí, a situação foge do meu controle. A socialização rola a níveis incontroláveis e quando vejo, já estou com a senha 320 na mão, e o visor chamando a 319. Como foi? Não sei. Só sei que foi assim.

Banco Imobiliário? Falência na certa. Buraco? Nem roubando ganho. Buquê de rosas surpresa? Só da minha mãe. Homem solteiro, bonito, inteligente e que entende as minhas colocações? Mora em outro país, é claro.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pies para qué los quiero se tengo alas para volar


Frida Kahlo é a minha primeira referência quando penso na minha transição de cinema comercial para o circuito alternativo. Graças ao Wilker, um professor muita onda que tive quando morei em Belém. Como se não bastasse, me apresentou também Amelie Poulain. Gente phyna né?

Foi amor a primeira vista. Fiquei fascinada na forma como os filmes são feitos, na falta de sequência óbvia-comum dos pensamentos, na atemporalidade (ahãm, seeeenta cláudia). Me apaixonei tanto que imediatamente comprei um óculos de aro grosso e escuro, afinal, não basta ser inteligente, you must look like one!

Ai fui indo, indo, e quando dei por mim - Gael Garcia Bernal. Foi demais. Diários de Motocicleta foi onde tudo começou. E um dos que mais me marcou foi The Science of Sleep. Nesse último, estava em um cinema super-mega-cult, em Hamburg/Alemanha, morta de vontade de fazer xixi. Segurei tanto a vontade de ir no banheiro que quando ela voltou, veio a cãimbra. Não conseguia mais levantar porque a perna tava formigando. Comecei a pensar nas minhas alternativas que na ocasião se resumiam em mijar nas calçar ou fazer xixi no copo descartável = mijar nas calças. Foi um momento de reflexão profunda e, agonizando, pensei que não podia molhar assim a moral brasileira no exterior. Tanto adjetivo ruim já acompanha a gente lá fora e pensei que adicionar "mijão" seria demais. Respirei fundo, desabotoei a calça e rezei para qualquer santo alemão que estivesse na área de cobertura me dar suporte. E deu. 

Tá vendo? Meus textos, assim como os filmes que eu gosto, são diferentes. E nem todo mundo gosta. Ou entende. Problema de quem não gosta e pena de quem não entende. Leia Caras. Mas vou logo avisando - Alicinha Albuquerque Figueiroa pode até não ter bigode. Mas também não tem cérebro. Ficadica!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Today's feelings

 
Minha vontade mesmo era colocar uma foto de tudo que me enche o saco. Tudo que está me enchendo o saco. De quem está me enchendo o saco. A sua foto.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

E se eu apertar esse botão?

                                                                 - Ahhh garooooto! -

Estive pensando. Se Bruno tem o fantástico poder-de-esconder-amante (espécie única, porque nenhum outro homem consegue), porque nós, assalariados, não-donos de franquia de igreja evangélica em Madrid, não podemos também fazer mágica?

Quando era criança, queria voar. Das poucas vezes que tentei, de lessons learned, ficaram os hematomas. Quando cresci (?), comecei a pensar em como seria bom fazer algumas pessoas simplesmente desaparecerem. É, desaparecer, sumir, se escafeder - mas sem, de fato, bater as botas. A pessoa simplesmente deixaria de existir para você.  

Naquela época, não pensava em toda a logística envolvida para que isso fosse possível. Hoje, acho que o que mais se aproxima da minha proposta é aquele filme do Jim Carrey e da eterna Rose Titanic, Brilho Eterno de uma mente sem lembranças. Esse filme é a maior onda. Quem não curte atemporalidade (adoro essa palavra - acho oportuna!), pira o cabeção. Já os esquisitos como eu...


Você bloqueia do MSN, exclui do facebook e ativa o black list do celular. Rasga as cartas, toca fogo nas fotos - mas aquele cachecol que ele te deu você guarda, afinal amor acaba. Frio não -. Mas minha filha, tem uma coisa que nem Vanish tira: ele da sua cabeça. E lá se vão noites mal (ou nem) dormidas (oi? 03:21am), manhãs mal-humoradas e tardes matte. Chocolate, cachaça, ombro de amigo - tudo paliativo. 
 
Agora me diz, não seria tudo mais fácil e higiênico se pudessemos pagar (cartão de crédito, milhas please) e em algumas horas, ficaríamos livres, leves, soltas e sem nenhum resquício de lembrança do dito cujo ou de qualquer coisa que envolvesse o cidadão?

Empreendedores, ficadica!